05/03/2013
Fonte : Fenabrave
A Fenabrave, federação dos distribuidores de veículos, acredita que 2013 será um bom ano para o segmento de veículos comerciais. A organização prevê avanço de 15% tanto no segmento de caminhões como no de ônibus, para 158,3 mil unidades e 34,1 mil chassis, respectivamente. As projeções foram divulgadas na terça-feira, 5, em coletiva de imprensa em que a entidade apresentou também o balanço das vendas do primeiro bimestre do ano.
Alarico Assumpção, presidente executivo da entidade, destacou que o início do ano já deu indícios da retomada da demanda para caminhões pesados e extrapesados. “Muitas concessionárias já têm encomendas até julho e começam a vender as cotas de agosto”, conta. Segundo ele, esse aquecimento deve refletir em breve na produção. “As fábricas de caminhões levam até 120 dias para reagir ao aumento da demanda. Por isso, há falta de veículos nas concessionárias, mas essa situação deve melhorar nos próximos meses”, explica.
Segundo o dirigente, há motivos para acreditar no desempenho positivo ao longo do ano. Entre eles está a expectativa de crescimento da safra de grãos, aumento do transporte para a indústria e para o setor de mineração. Outro aspecto positivo é o Finame, que tem taxas de juros definidas até o fim do ano, de 3% no primeiro semestre e 4% no segundo.
No primeiro bimestre, no entanto, as vendas de caminhões diminuíram na comparação com o mesmo período do ano passado. A retração foi causada pela forte base de comparação, já que no início de 2012 as montadoras ainda vendiam veículos mais baratos com tecnologia Euro 3. Foram emplacados 22,1 mil caminhões e ônibus entre janeiro e fevereiro, volume 7,2% menor do que o anotado há um ano.
ÔNIBUS
As vendas de ônibus também tiveram queda no primeiro bimestre, de 5,7% para 5 mil chassis. Apesar disso, a Fenabrave mantém projeção de crescimento. A entidade acredita que o segmento do ônibus rodoviários terá alta na demanda puxado pelo crescimento do número de passageiros. “Com o aumento das tarifas aéreas, muitos consumidores voltaram a viajar de ônibus”, conta Assumpção.
No caso dos modelos urbanos, iniciativas dos novos prefeitos que assumiram em janeiro devem esquentar as encomendas. “Temos uma frota muito antiga que precisa ser renovada e a área de transportes é uma das primeiras a ter mudanças quando um político assume”, analisa. No ano passado, as vendas de ônibus urbanos foram afetadas pelas eleições, que causm suspensão das licitações para novas compras.
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