13/12/2012
Fonte: SSPSP
A Polícia Civil agiu contra quadrilhas especializadas na receptação de cargas roubadas, ao localizar mais de 1.700 notebooks em uma loja na periferia de Campinas. Cerca de outros 100 equipamentos estavam camuflados dentro de sofás, em um caminhão baú que distribuía mercadorias para o estabelecimento. Os equipamentos, avaliados em aproximadamente R$ 3,5 milhões, tinham sido furtados de dentro do depósito de uma grande rede de varejo, e seriam comercializados bem abaixo do preço de mercado, sob a justificativa de terem sido arrematados em leilões. Duas pessoas foram presas no local, um dos líderes do esquema já foi identificado e está sendo procurado.
A ação dos agentes da 4ª Divecar (Delegacia de Investigações Sobre Fraudes Contra Seguros e Afins), do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), é resultado de uma investigação iniciada em novembro deste ano a partir do encontro de R$ 200 mil em notebooks roubados, da mesma marca, localizados na cidade de Hortolândia. O cruzamento de informações e o monitoramento do sinal rastreador emitido pelo caminhão carregado de mercadorias furtadas de dentro do depósito levaram os policiais, na noite do dia 12, até a loja da periferia de Campinas, a qual estava fechada, mas os agentes logo avistaram um caminhão baú suspeito nas imediações.
Questionado, o motorista do caminhão baú, D.B., de 47 anos, alegou ter sido contratado pela loja para fazer o transporte de sofás adquiridos por meio de leilões de seguradoras, mas a mentira foi descoberta no momento em que a carga foi revistada, e os mais de 100 notebooks, descobertos – eles estavam prensados no interior dos estofamentos.
O segundo a ser preso foi o proprietário do imóvel onde funcionava a loja, o comerciante T.S., de 56 anos, que não tinha qualquer documento oficial sobre a locação do imóvel. A polícia agora procura o proprietário da loja, G.S., de 40 anos, considerado um dos líderes do esquema de roubo e receptação de cargas. “Os roubos de cargas só ocorrem porque existe a certeza de que alguém vai adquirir essas mercadorias”, justificou o delegado assistente da 4ª Divecar, Paulo Cesar Gasparoto. “O roubo de cargas funciona como uma cadeia muito bem articulada. Todos os envolvidos têm participação fundamental nesse tipo de crime”, completou.
Na sede da loja em Campinas ainda foram encontrados fogões e geladeiras ainda embalados, que terão a origem investigada. O delegado não descarta a possibilidade de esses produtos também terem origem criminosa. “Em geral, mercadorias adquiridas em leilões raramente estão embaladas. A suspeita é de que esses produtos também façam parte de lotes de cargas roubadas”, disse Gasparoto.
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