Mais duas montadoras adotam lay-off
06/08/2014
Fonte: O Estado de S.Paulo
Mercedes-Benz e Man Latin America suspenderam contratos de trabalho temporariamente e Iveco dá férias
No total as montadoras somam mais de 5000 funcionários do setor colocados no sistema lay-off com possibilidades de ultrapassar a 6000 e, com intenção de propor aproximadamente 2.800 PDV ( plano de demissões voluntárias.
A Mercedes-Benz colocará em lay-off 158 funcionários da fábrica de Juiz de Fora (MG) a partir do dia 18, com retorno em janeiro. A unidade produz caminhões e emprega 750 pessoas. Na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), 1,2 mil trabalhadores entraram em lay-off em 1.º de julho. A unidade produz caminhões, ônibus, motores e câmbio e emprega cerca de 9,5 mil pessoas na produção.
Além do lay-off, a Mercedes mantém um Programa de Demissão Voluntária (PDV) em São Bernardo com meta de cortar 2 mil vagas, consideradas ociosas. Até agora, obteve 1,1 mil adesões, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Com fábrica em Sete Lagoas (MG), a Iveco vai deixar em casa 1,5 mil trabalhadores e parar a produção de caminhões pesados entre os dias 4 e 20 deste mês, e a de veículos leves entre 4 e 15. É a terceira medida desse tipo desde abril, quando deu férias coletivas para 500 trabalhadores. Em junho, foram mais dez dias de parada técnica para 800 pessoas, mesmo expediente adotado desta vez.
“A medida tem por objetivo equacionar o número de pessoas disponíveis e a produção necessária para o período”, informa a Iveco, que emprega 3,7 mil pessoas. Setores como expedição e CKD não vão parar.
Vendas. As vendas de caminhões e ônibus somaram 95,2 mil unidades de janeiro a julho, 13% menos que as 109,5 mil unidades de igual período de 2013.
No lay-off, o funcionário pode ficar afastado por até cinco meses. Nesse período, parte do salário (R$ 1,3 mil) é bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o trabalhador precisa frequentar um curso de qualificação profissional.
Também estão com trabalhadores em lay-off a Volkswagen (750 na fábrica de São Bernardo do Campo e 400 na de São José dos Pinhais, no Paraná) e a Ford (108 pessoas na unidade de motores em Taubaté, São Paulo). A PSA Peugeot Citroën, que tinha 650 trabalhadores afastados no Rio, abriu um PDV e obteve adesão da maioria dessas pessoas.
A General Motors negocia na sexta-feira com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos um lay-off para cerca de mil trabalhadores.
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