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Estado anuncia novo modelo de pedágio na região de Campinas

Com novo sistema preço da tarifa entre Indaiatuba e Campinas terá redução de 59,4%

Patricia Zeppellini

'É por quilômetro rodado. Um critério de justiça do ponto de vista tributário', disse Alckmin sobre o novo sistema de cobrança

 Governador Alckmin e o secretário Saulo de Castro (Logística e Transportes) anunciam testes do novo modelo de pagamento de pedágio por trecho percorrido

 

 

A Rodovia Santos Dumont, SP-075, no trecho entre Itu (km 15) e Campinas (km 77,6) receberá teste do novo modelo de pagamento de pedágio por trecho percorrido. O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta sexta-feira, 4, que o sistema eletrônico funcionará com a instalação de nove conjuntos de pórticos com antenas ao longo da via. Os pórticos fazem a leitura automática de tags colocados nos veículos, os identifica e registra a cobrança. O projeto piloto faz parte de uma política de transportes desenvolvida pelo Governo do Estado que trará uma tarifa mais justa ao usuário.

“Hoje quem sai de Indaiatuba para ir a Campinas paga R$ 10,10 na ida, R$ 10,10 na volta. Com esse novo modelo, quem for de Indaiatuba para Campinas vai pagar R$ 4,10. Quem for de Indaiatuba para Viracopos paga R$ 10,10 e agora vai pagar R$ 0,90. Ou seja, é por quilômetro rodado. Um critério de justiça do ponto de vista tributário”, afirmou o governador.

Com isso haverá uma redução de 59,4% na tarifa. A cada pórtico ultrapassado será somado o valor correspondente ao trecho percorrido. Entre Indaiatuba e Campinas haverá três pórticos.

Com o novo sistema serão instalados nove conjuntos de pórticos ao longo da via, o que permitirá o pagamento de valor proporcional ao que efetivamente for percorrido. O motorista pagará somente pelo trecho que andar na rodovia. Cada pórtico é uma espécie de praça de pedágio virtual, mas sem barreiras e cabines de cobrança.

Essa tecnologia já é utilizada nos Estados Unidos e em outros países. Nos próximos meses, o governo estadual vai adquirir e instalar os pórticos e antenas, além dos sistemas operacionais e os próprios tags mais modernos. Logo após, os usuários que tiverem veículos de passeio ou comercial registrados nos municípios de Campinas, Indaiatuba, Salto, Itu, Cabreúva, Porto Feliz ou Sorocaba poderão se dirigir aos postos de registro que serão previamente divulgados e instalar os tags.

Para viabilizar novas formas de pagamento do pedágio será adotado o sistema pré-pago. Haverá possibilidade de recargas de créditos com cartões de crédito e débito em postos específicos ou mesmo em dinheiro.

O teste do novo sistema de cobrança eletrônica deve entrar em operação a partir do início de 2012 e a adesão do usuário será voluntária. O projeto piloto terá duração prevista de 12 meses. No sexto mês será feita uma avaliação detalhada sobre o equipamento. Também haverá uma pesquisa de satisfação do usuário.

Os estudos para definir o local dos testes começaram no final de julho, após a apresentação dos primeiros resultados do Grupo de Estudos sobre Sistemas de Arrecadação (GESA), criado pela Secretaria Estadual de Logística e Transportes com a missão de estudar e apresentar propostas de novos meios de pedagiamento eletrônico para o Estado. A escolha da SP-075 se deu por motivos técnicos, que favorecem a realização do teste.

O Governo do Estado assina também uma resolução que permite a utilização de tecnologia mais moderna, eficiente, barata e sem bateria no sistema de pagamento eletrônico de pedágio. A nova tecnologia a ser testada é operada em rádio frequência de 915 Mhz. O sistema atual adota a frequência de 5,8 GHz, implantado há mais de 11 anos, e necessita de bateria para funcionamento, com duração média de quatro anos.

O objetivo é que com a ampliação das tecnologias a serem utilizadas seja possível reduzir custos para os usuários tanto na adesão e manutenção do sistema eletrônico (hoje a aquisição do tag de 5,8 GHz custa R$ 66,72 por veículo de passeio), quanto a tarifa de pedágio para aqueles que percorrem distâncias curtas e acabam pagando por um trecho maior da rodovia. O tag para o teste piloto custará cerca de R$ 10, mas estará disponível gratuitamente ao usuário. O tag 915 MHz sem bateria custará cerca de R$ 3,e começará a ser produzido no Brasil nos próximos meses.

Paralelamente aos testes, a Artesp realizará em todas as rodovias paulistas sob concessão uma pesquisa com os usuários para identificar a disposição de aderir ao pedagiamento eletrônico.

Hoje, 49,1% dos pagamentos de pedágio em rodovias paulistas são feitos através de tag. Cerca de 2,5 milhões de veículos dos 22 milhões registrados em todo Estado possuem tags ativos.

Nos próximos anos, a intenção é superar o índice de 80% de adesão. Isso permitirá a implantação do sistema de passagem livre, denominado free flow, onde não há pedágio de barreiras, como os existentes nas praças atuais. Mas apenas pórticos capazes de registrar a passagem dos veículos através de antenas e câmeras.

O sistema de pagamento eletrônico de pedágio através de pórticos torna as viagens mais ágeis e seguras, uma vez que não é necessário parar nas cabines. Quem não aderir ao projeto piloto poderá continuar utilizando o atual sistema de pagamento de pedágio eletrônico hoje em operação ou pagar em dinheiro manualmente nas cabines.

Veja onde deverão ficar os pórticos e os valores a serem cobrados nesses pontos:

P1 – km 25,7 – Itu – R$ 2,50
P2 – km 36,4 – Salto – R$ 1,00
P3 – km 38,2 – Salto – R$ 0,70
P4 – km 43,3 – Salto – R$ 1,80
P5 – km 60,8 – Indaiatuba, na praça de pedágio – R$ 1,80
P6 – km 66,7 – Campinas – R$ 0,90
P7 – km 70,6 – Campinas – R$ 1,40
P8 e P9 – km 62 – Indaiatuba, acessos aos bairros nos pedágios de bloqueio.

Informações adicionais estão disponíveis no site: www.artesp.sp.gov.br/pontoaponto.

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