Mercado de caminhões segue estagnado no país

07 /02/ 2012
Fonte: Estado de Minas

 

Considerado um dos termômetros da economia de qualquer país, o mercado de caminhões no Brasil neste ano não deve superar o volume de 2011, quando as 172 mil unidades negociadas representaram o recorde da história do segmento. Diretores de montadoras estimam que o comércio de veículos pesados ficará estagnado. Em janeiro, segundo balanço da Anfavea, o total de caminhões vendidos foi de 3.438 unidades, o que representou recuo de 81,3% em relação a dezembro (18.341 veículos). A disparidade deve ser reduzida nos próximos meses.

Grandes montadoras, no entanto, não vão reclamar da estagnação estimada para 2012. O motivo do “crescimento zero” ou de até mesmo um recuo nas vendas se deve a uma lei federal que entrou em vigor no primeiro dia do ano. Trata-se do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), também chamado de P7 e de Euro 5, que determina a redução de motores poluentes para os veículos com motores de ciclo a diesel. Em razão da norma, as fabricantes aceleraram a produção de caminhões com motores antigos, os chamados Euro 3, até 31 de dezembro.

“O que o mercado enfrenta é a transição do Euro 3 para o Euro 5. (As vendas do setor) serão entre iguais (às de 2011) e 5% menores do que as do ano passado porque o que houve foi uma antecipação de compra. (A estagnação ou queda) não é uma tragédia: o setor é um mercado muito forte. Há cinco ou seis anos, o comércio de caminhões girava em torno de 70 mil unidades. Em 2011, foram 170 mil caminhões”, disse Antônio Camarozano, diretor nacional de Vendas da MAN Latin American, que fabrica os caminhões e ônibus Volkswagen. Nessa segunda-feira, diretores do grupo estiveram em BH para lançar na cidade a série Advantech 2012, adequada ao P7.

A nova linha, formada pelos modelos Constellation, Delivery e Worker, foi apresentada na Elmaz Caminhões e Ônibus, a maior concessionária Volkswagen em Minas. Dois números destacados por Camarozano confirmam o aumento do setor nos últimos anos e reforça a antecipação das compras feitas por clientes em 2011: “Em 2008, vendemos 1.293 caminhões em BH. Em 2011, foram 2.033 veículos (aumento de 57%)”.

Já o diretor-geral da Scania no Brasil, Roberto Leoncini, avaliou, semana passada, que o mercado de caminhões deve apresentar estagnação este ano: “Repetir o desempenho do ano passado no segmento de caminhões é positivo, porque o desempenho foi recorde”.

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