País tem 120 mil vagas de caminhoneiros de cargas

Data.: 10/3/2011
Fonte.: O Dia Online

Rio – Pesquisa feita pela NTC&Logística, entidade que reúne os transportadores brasileiros, detectando déficit de 120 mil motoristas para atuar no transporte rodoviário de cargas, revelou que está no caminho certo o trabalhador que apostar na qualificação profissional para atuar no setor. Presidente do Sindicarga do Rio, Francesco Cupello, aconselha o profissional que deseja se qualificar a procurar a entidade que representa a categoria ou até mesmo a patronal para realizar os cursos de capacitação oferecidos para o setor.

A qualificação é importante para poder dirigir veículos mais sofisticados, como carretas e rodotrens, e que possuem cada vez mais recursos tecnológicos. Motorista bem treinado reduz custos com manutenção e combustível e tem mais chances de ser contratado no cenário de déficit, como foi revelado ontem com pelo jornal Brasil Econômico.

CURSOS NO SEST/SENAT

Além das montadoras de caminhões, é possível realizar cursos de capacitação no Serviço Social do Transporte, o sistema Sest/Senat (informações no site www.sestsenat.org.br/paginas/Cursos-Detalhe.aspx?c=17).

Para driblar a falta de pessoal qualificado, a Mercedes-Benz, por exemplo, vai dobrar o número de profissionais treinados neste ano. A empresa, que mantém programa de formação e qualificação de motoristas, prevê que sejam treinados em 2011 5,5 mil profissionais em centros que a companhia possui. Em 2010 foram 34 mil horas de treinamento atendendo profissionais ligados a 300 empresas de transportes.

Treinamento economiza combustível

O diretor de pós-vendas da Mercedes-Benz, Ari de Carvalho, diz que o treinamento “ assegura aos clientes menor consumo de combustível e diminuição no consumo de pneus e de manutenções corretivas pelo uso inadequado do veículo”. É para desse tipo de profissional qualificado que as transportadoras estão de portas abertas.

A falta de trabalhadores qualificados é apontada por 42,7% dos empresários como o maior limitador para atender às necessidades das companhias, também informou o jornal Brasil Econômico. “O setor enfrenta este grave entrave de falta de mão de obra qualificada. Necessitamos de 120 mil motoristas preparados”, confirma o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), Francesco Cupello. Segundo ele, a maior carência é no setor de transportes de produtos perigosos, como os químicos.

Cupello afirma que o governo federal deve desenvolver um programa maciço de treinamento dos profissionais. O presidente do Sindicarga diz que também os empresários têm que investir numa melhor remuneração dos motoristas, assim como promover políticas de retenção desses profissionais nas empresas.

“O diferencial para atrair novos profissionais e manter os que já estão trabalhando é investir numa melhor remuneração. O governo deve estabelecer pisos salariais para a categoria”, alerta Cupello. A frota de caminhões rodando hoje no País é de 1,3 milhão veículos.

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