Os 26,7 quilômetros de rodovias estaduais mais perigosos de se percorrer no Estado estão na Ilha de Santa Catarina. É a SC-401, que liga o Centro de Florianópolis às badaladas praias do Norte da Ilha. A rodovia é apontada como a estadual mais perigosa de se trafegar em SC, liderando um ranking de 20 estradas, elaborado pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Apesar de ser a quarta via de menor extensão da pesquisa – apenas 26,7 quilômetros – é a quarta em número de acidentes com morte (15) e a segunda em feridos (336). Os dados são referentes ao ano passado.
A Polícia Rodoviária Militar de SC utiliza a Unidade Padrão de Severidade (UPS), estabelecida pelo Denatran, para listar as rodovias mais perigosas. A UPS é determinada de acordo com o número e tipo de acidentes (com mortos, feridos ou só com danos materiais) e o tamanho da rodovia.
A boa notícia é que o número de acidentes na SC-401 deve cair a metade, segundo previsão da PMRv A ordem de serviço para iniciar as obras onde a rodovia ainda não é duplicada será entregue na próxima segunda-feira, dia 21. O trabalho tem prazo de 450 dias para ser concluído. Pelo menos 50% dos locais mais críticos da SC-401 contemplam seis quilômetros onde a pista ainda é simples.
Para o chefe de Operações do Batalhão da PMRv, major Marcelo Pontes, como a estrada é de mão dupla, o risco de acidente é muito maior, já que há mais ultrapassagens forçadas. Mesmo assim, muitos dos acidentes continuarão ocorrendo caso não haja conscientização dos motoristas na parte duplicada. Ano passado, dos 12 quilômetros mais perigosos, seis estavam na via dupla da pista. Foram 38 acidentes.
Pesquisa mostra onde o risco é maior no Estado – Atrás da SC-401, as rodovias SC-438, Lages/Tubarão; SC-411, Gaspar/Tijucas; e SC-474, em Blumenau, ocupam o segundo, terceiro e quarto lugar no ranking das mais perigosas. As três estradas somam 1.334 feridos e 71 mortes em 2010.
Na SC-438, os quilômetros mais perigosos são 205, em frente à Igreja Assembleia de Deus, em Gravatal; o 212, no fim da BR-101, em Tubarão; e o 186, em uma ponte antes do posto de combustível BR, em Braço do Norte.
Na SC-411, os pontos mais críticos estão nos km 61,3 (Pontão dos Calçados, em São João Batista); 66, (campo de futebol Maceleza, em Canelinha); e 60,3, próximo ao Pontão dos Calçados, também em São João Batista. Em Blumenau, a SC-474, tem três pontos mais críticos nos kms 65,8, em frente ao guindaste Blumenau; 49,6, no trevo de Luiz Alves; e 60,9, em frente à empresa Vedax.
Boa parte das rodovias da lista das mais perigosas esteve no ranking durante os sete anos da pesquisa. Mas no ano passado surgiu uma surpresa: uma nova estrada entrou para a relação. É a SC-434, em Garopaba, na Grande Florianópolis, que registrou seis mortes e 51 feridos no ano passado.
Com o levantamento pronto, o próximo passo é detalhar os trechos críticos de cada rodovia, motivos dos acidentes, os dias e horários em que mais ocorrem.
Após isso, a PMRv deve planejar ações no policiamento e encaminhar ao governo do Estado os dados que dependem de engenharia. Um programa para intervir nos locais mais perigosos da SC-401 será lançado em abril pela Secretaria de Infraestrutura do Estado.
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